terça-feira, 6 de maio de 2008

O Golpe da Maioridade



Desde 1835, a idéia de antecipar a maioridade já havia surgido no cenário político da Corte. Proprietários de escravos e de terras estavam assustados com a experiência de descentralização ocorrida durante o Período Regencial, que resultara em tantas revoltas sociais. O restabelecimento da autoridade monárquica era visto como a solução para a crise política.
Apesar das medidas centralizadoras postas em prática com a Lei Interpretativa do Ato Adicional que anulava a autonomia das províncias, a intranqüilidade no Império não terminara. A Farroupilha e a Balaiada continuavam, alimentando um clima de constante agitação e insatisfação, e mostrando que a reação não podia ser considerada vitoriosa. Os grandes proprietários rurais exigiam maior estabilidade política.

Para os progressistas ou liberais, bem como para os regressistas ou conservadores, era necessário impor a ordem. No entanto, não bastava acabar com a anarquia. Era preciso fortalecer a autoridade do poder central e pôr um fim aos movimentos que levavam o povo às ruas. Como dizia Bernardo Pereira de Vasconcelos, uma das principais figuras do Partido Regressista: "É preciso parar o carro da revolução". A maioridade interessava a liberais e a conservadores, empenhados em impedir que outras camadas da população participassem da organização do Estado brasileiro, tarefa que deveria caber às elites políticas.

Assim, como solução para a crise política, ganhava força o projeto de antecipação da maioridade, visto com ares de salvação nacional. Era preciso restaurar a figura do Imperador, colocando no trono o menino Pedro de Alcântara. A Constituição outorgada de 1824 estabelecera a maioridade do Imperador aos 21 anos, e o Ato Adicional fixara-a em 18. Agora, desejava-se passá-la dos 18 para os 14 anos. Por isso, a antecipação da maioridade do Príncipe regente, inaugurando prematuramente o Governo pessoal de Pedro II, ficou conhecida como o Golpe da Maioridade.

Os liberais ou progressistas, fora do poder desde a renúncia do Regente Feijó, apoiaram a idéia, esperando voltar ao governo. Os conservadores ou regressistas viam a proposta de antecipação como forma de consolidar a Monarquia e de preservar a unidade do Império. No Governo, desde a eleição de Pedro de Araújo Lima para o cargo de Regente Uno do Império, os conservadores pareciam não estar seguros da continuidade do regime regencial, que se mostrara incapaz no combate às várias revoltas e na manutenção da ordem política.

Abolição da Escravatura - Lei Áurea



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Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888.
Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Imperialismo e Neocolonialismo


História do Imperialismo no século XIX, imperialismo na África e Ásia, o neocolonialismo norte-americano,
industrialização no século XIX, Tratado de Nanquim, descolonização no século

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.

Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.

Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.

Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.

Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China.

Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A Guerra do Paraguai


A Guerra do Paraguai

O Paraguai detinha uma boa condição econômica na América Latina, independente desde 1811, o governo lutava para tornar a economia estável e auto-suficiente, isso gerou avanços no transporte, na agricultura, educação e telecomunicação.

O Paraguai pretendia controlar a navegação no Rio Paraguai que era sua jurisdição, isso não agradava seus vizinhos e nem os ingleses, com o Brasil as discórdias eram em relação à configuração das fronteiras.
O Brasil entrou em conflito com Aguirre, o governo Paraguaio não aceitou as ofensivas brasileiras, pois temia que o Brasil tirasse o acesso ao mar. Temendo o imperialismo brasileiro o governo Paraguaio declarou guerra ao Brasil, começando assim o maior conflito internacional da história brasileira.

O governo Paraguaio ordenou a invasão do Mato-Grosso, até então província, Rio Grande do Sul e da região argentina de Corrientes. Brasil, Argentina e Uruguai assinaram o Tratado da Tríplice Aliança, se uniram e fortaleceram suas forças com intenção de enfrentar o Paraguai, esse acordo foi uma reação contra o presidente paraguaio Francisco Solano López.

Os ataques aconteceram, primeiramente, pelos Rios Paraná e Paraguai gerando vários combates. A partir de Mato-Grosso, cerca de 2500 homens invadiram o Paraguai, mas foram obrigados a se retirar devido à epidemia de cólera-morbo e dos ataques sofridos, pois os paraguaios colocavam fogo nos campos. Depois de várias batalhas com oscilações de vencedores, em 5 de janeiro de 1869 Caxias, então Marquês de Caxias, entrou em Assunção e logo depois as tropas aliadas.


Em 1o de março de 1870, López foi morto em Cerro Cora pelas Tropas, sua morte marcou o fim da guerra. O saldo da guerra foi a perda de 75% da população paraguaia e parte do território para Brasil e Argentina, o Paraguai ficou arrasado, mas os vencedores também tiveram contra tempo, o Brasil perdeu soldados e contraiu dívidas externas nas investidas contra o Paraguai.